PROFISSÃO CABELEIREIRO: PESQUISA DE L'ORÉAL PRODUTOS PROFISSIONAIS REVELA A FORÇA E OS DESAFIOS DE UMA DAS CATEGORIAS MAIS INCLUSIVAS E POTENTES DO BRASIL
- Gisele Barros
- há 14 minutos
- 6 min de leitura
Raio X inédito mostra o retrato de uma profissão essencial para a economia e para a autoestima de milhares de brasileiros, que segue em constante crescimento e busca ainda mais reconhecimento.

Por trás de cada transformação na cadeira de salão, existe um profissional que move sonhos, autoestima e a economia da beleza. Essa é a principal mensagem do estudo “Na raiz do PRO - Um retrato do brilho, das conquistas e dos anseios dos profissionais cabeleireiros”, feito pela Divisão de Produtos Profissionais do Grupo L’Oréal no Brasil, responsável pelas marcas L’Oréal Professionnel, Kérastase, Redken e Matrix, em parceria com a empresa Provokers, que traça pela primeira vez um raio X completo da categoria no país.
O levantamento revela os bastidores de uma profissão que movimenta mais de R$ 130 bilhões por ano —, e que, mesmo diante de desafios, segue forte, inspirando novas gerações e conquistando mais reconhecimento. Prova disso é que 87% dos cabeleireiros afirmam querer continuar na carreira, movidos pelo prazer de transformar vidas e pela autonomia que a profissão proporciona.
Conduzida em duas etapas, a pesquisa envolveu entrevistas em profundidade com profissionais anônimos e reconhecidos no mercado, além de mais de 1.000 conversas quantitativas em 400 cidades brasileiras, abarcando diferentes perfis. “Essa é uma profissão essencial para a sociedade, mas que ainda precisa de mais reconhecimento. Queremos dar ainda mais visibilidade para as conquistas e os desafios desses profissionais, que fazem parte da base criativa e econômica da sociedade. Ser cabeleireiro é uma escolha que exige estudo, técnica e talento, e precisa ser vista com o respeito que merece”, afirma Joana Fleury, Diretora da Divisão L’Oréal Produtos Profissionais do Grupo L’Oréal no Brasil.

Caminho fácil para quem?
Segundo a pesquisa, 56% dos profissionais sentem que a sociedade ainda os enxerga como quem escolheu o caminho fácil, apesar de 74% dos cabeleireiros terem buscado formação antes de começar a atuar. Além disso, 31% afirmam já ter sido julgados pela escolha profissional. Os dados, no entanto, revelam o oposto: é uma profissão de vocação e preparo. Quase metade (46%) afirma ter sonhado desde cedo em seguir a carreira, e mais de dois terços defendem a obrigatoriedade de cursos profissionalizantes.
“Não existe talento sem preparo. O PRO, como chamamos os cabeleireiros, é um artista e um técnico. Mas ainda existe muito preconceito em torno da profissão. Reconhecer o caminho árduo de estudos e preparo é o primeiro passo para transformar a percepção da sociedade sobre essa profissão”, complementa Joana.
Diversidade como bandeira
O estudo também confirma o papel do salão de beleza como espaço de acolhimento, expressão e inclusão social. O cabeleireiro brasileiro é, em sua maioria, mulher (62%), preta ou parda (52%) e periférica, e a categoria reúne 15% de profissionais LGBTQIAP+ — índice 2,5 vezes maior que o da população geral.
Mesmo assim, as diferenças salariais ainda refletem desigualdades estruturais: homens ganham em média 19% a mais que mulheres, brancos 21% a mais que negros e heterossexuais 23% a mais que homossexuais.
“Diversidade e inclusão fazem parte do DNA dessa profissão. O salão é um espaço de acolhimento, protagonismo e expressão. Mas ainda vemos disparidades de gênero, raça e orientação sexual, que seguem sendo um desafio, juntos temos que transformar esse setor em um ambiente mais justo”, analisa Eduardo Paiva, Head de Diversidade, Equidade & Inclusão do Grupo L’Oréal no Brasil.
Como exemplo dessa representatividade, a L’Oréal Professionnel, uma das marcas da divisão de Produtos Profissionais, tem em seu time de embaixadoras Vivi Siqueira, mulher preta e símbolo da força e do protagonismo feminino e negro na profissão. A hairstylist foi reconhecida pela pesquisa como a única mulher entre os 10 maiores cabeleireiros do Brasil, e hoje com a marca é colunista em uma grande revista especializada em beleza.
Formação e educação
Embora o setor movimente bilhões e conte com mais de 1,3 milhão de MEIs ativos, a profissão ainda tem oportunidades de regulamentação. Hoje não existe um curso superior e nem um curso de nível técnico em cabelereiro, e com isso existe uma transferência às empresas do setor o papel de formar e profissionalizar a categoria.
O estudo mostrou que, embora não seja uma exigência legal, 74% dos entrevistados se capacitaram formalmente antes de começar a atuar e a maioria defende a obrigatoriedade de cursos (74%), mas 69% espera que esses treinamentos sejam oferecidos por empresas.
Para Debora Maciqueira, Diretora de Educação da Divisão de Produtos Profissionais do Grupo L'Oréal no Brasil, esse dado reforça a urgência de atuar em um pacto do setor para formalização da educação de base. “Formação é a base da valorização de qualquer profissão. Sempre fazemos um comparativo com a gastronomia, setor que também tinha muita informalidade, mas que evoluiu e hoje temos inclusive escolas internacionais atuando no Brasil e uma profissão valorizada pela sociedade em geral. Espero que o diagnóstico trazido pela pesquisa sirva de base para orientar políticas e programas estratégicos em todo o mercado, que fortaleçam a categoria e ampliem seu reconhecimento”, comenta a executiva.
A L’Oréal Produtos Profissionais investe continuamente em educação e capacitação. A empresa possui duas academias, uma no Rio de Janeiro e outra em São Paulo, onde oferece um amplo portfólio de cursos profissionalizantes, com módulos teóricos e práticos, voltados ao mercado profissional (PRO). Além disso, a companhia promove iniciativas de formação gratuita, como o projeto Geração Pro: criado em uma parceria com Senac-DF, o projeto visa a formação de jovens em situação de vulnerabilidade na área de beleza profissional, como porta de entrada para a profissão. E a companhia pretender avançar ainda mais, firmando novos compromissos públicos para o desenvolvimento do setor.
Uma força criativa, econômica e social
O levantamento também revela que, para os cabeleireiros, a profissão vai muito além da estética: é um instrumento de transformação social — e também uma oportunidade real de crescimento profissional. A pesquisa mostra que a renda média de um trabalhador formal de salão é de R$5.950, valor acima da média nacional per capita, de R$2.069. Entre os donos de salões, essa média chega a R$11.200, enquanto os autônomos registram R$4.950 mensais. Os números reforçam que é possível construir uma carreira sólida e financeiramente recompensadora no universo da beleza.
“Ser cabeleireiro não é apenas cortar ou colorir cabelos, é transformar vidas. É sobre reconhecimento, pertencimento e bem-estar. Fiquei muito feliz e entusiasmada com esse estudo. Sem dúvidas é um convite à sociedade e às instituições da indústria para enxergar a nossa categoria como ela merece: uma força criativa, econômica e social sem a qual o Brasil não seria o mesmo”, comenta Vivi Siqueira, cabelereira e embaixadora de L’Oréal Professionnel.

Compromisso L’Oréal Produtos Profissionais com os cabelereiros
Com base nos aprendizados trazidos pelo estudo, a L’Oréal Produtos Profissionais firma alguns compromissos públicos que demonstram sua corresponsabilidade em desenvolver o setor.
No âmbito da Educação, o compromisso é a ampliação do programa Geração PRO, de educação gratuita de base para entrada de novos profissionais no mercado – o objetivo é atingir 5000 pessoas até 2028, através de parcerias com instituições do mercado. Em termos de Diversidade, o compromisso é eleger mais uma embaixadora mulher em 2026, além da garantia de 50% de seu grupo de comunidades das marcas formado por mulheres até 2027 e, presença de pessoas pretas e pardas entre nossos artistas embaixadores temos como visão ampliar em 35%. Já na Visibilidade da profissão, o compromisso é criar uma grande campanha anual em imprensa aberta, enaltecendo a profissão do cabelereiro no dia 19 de janeiro.
“Esse é o compromisso mínimo que nós de L’Oréal Produtos Profissionais estamos afirmando, mas nós acreditamos que a indústria precisa se unir. Nos próximos meses, pretendemos aprofundar o diálogo com o setor e trabalhar para estabelecer compromissos do mercado, que reforcem o reconhecimento e a valorização da profissão no Brasil.” – Joana Fleury.
Por,
Gisele Barros
Editora Chefe do Portal ALL SENSEZ
Especialista no Mercado de Fragrâncias
Consultora de Comunicação Especializada em Perfumaria








