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TENDÊNCIA VIRAL NO TIKTOK, SKINCARE COM LED REALMENTE FUNCIONA? VEJA O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS

Com promessas que vão de rejuvenescimento ao combate à acne, a fototerapia com LED tem potencial, mas faltam evidências robustas, principalmente quando se tratam de dispositivos de uso doméstico.


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Apesar de não ser novidade entre os aficionados por beleza, o uso de máscaras com LEDs na rotina de cuidados com a pele voltou à tona no TikTok, com diversos vídeos demonstrando o uso desses dispositivos. Mas afinal, esse tipo de tratamento funciona mesmo? “A verdade é que a chamada ledterapia, fototerapia com LED ou fotobioestimulação ainda é um tema bastante controverso. É um tratamento que tem potencial, mas ainda faltam evidências robustas, com ensaios clínicos bem cotnrolados, para confirmar o benefício dessa terapia. Até o momento, não temos nada bem estabelecido”, ressalta o dermatologista Dr. Daniel Cassiano, diretor da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional São Paulo (SBD-RESP).


O médico explica que, em teoria, o LED (light-emitting diodes ou, no português, diodos emissores de luz) emite ondas eletromagnéticas que alcançam receptores específicos no tecido cutâneo para melhorar o funcionamento das células. “Dessa forma, são capazes de oferecer benefícios como rejuvenescimento, controle da oleosidade, tratamento da acne ou clareamento de manchas, dependendo da cor”, diz o Dr. Daniel. A luz âmbar, por exemplo, ajuda a combater manchas. “A luz azul tem uma ação antibacteriana, auxiliando a combater as bactérias envolvidas na acne, além de também contribuir a diminuição da oleosidade. Por sua vez, a luz vermelha estimula a produção de colágeno, controbuindo com a redução de rugas e a melhora da firmeza da pele”, diz a dermatologista Dra. Marina Cintra, membro da SBD-RESP.


Mas a questão é que, além da falta de benefícios comprovados, a grande maioria desses dispositivos utilizados em casa têm baixa potência, isto é, têm pouca intensidade para realmente produzir qualquer efeito fotobiológico. Por isso, é importante ter expectativas realista e ter em mente que eles não substituem, de forma alguma, os procedimentos em consultórios. “Os aparelhos de consultório são muito mais potentes e precisos. Com eles, conseguimos controlar melhor a intensidade da luz e o tempo de exposição e criar protocolos personalizados para a sua pele. Isso faz toda a diferença para alcançar um efeito realmente eficaz, sempre com segurança”, diz a  Dra. Marina.


Isso não quer dizer que os LEDs não possam ser usados em casa. Apesar da incerteza quanto aos seus reais benefícios, esses são dispositivos são, em sua maioria, bastante seguros, desde que os devido cuidados sejam tomados. não se esqueça de garantir que o aparelho seja aprovado pela ANVISA. “Cuidado com dispositivos com preços abaixo do mercado ou adquiridos de fontes não confiáveis para não colocar sua saúde em risco, principalmente porque o uso de luzes inadequadas pode causar danos não somente à pele, mas também aos olhos”, diz o Dr. Daniel. Ele acrescenta que, caso você pretenda fazer uso de LEDs em casa, é possível incorporá-los após a higienização, com a pele devidamente seca. “Depois de usá-los, aplique um hidratante ou sérum específico para as suas necessidades e, pela manhã, faça uso do fotoprotetor. Não se esqueça também de higienizar o dispositivo de acordo com as recomendações do fabricante”, pontua o dermatologista. Além disso, respeite o tempo de uso e a a frequência indicado no manual. “Mais tempo não significa mais resultado. E usar por tempo demais ainda pode irritar a pele”, ressalta a Dra. Marina Cintra.


Por fim, a médica ressalta a importância de conversar com seu dermatologista antes de utilizar esses dispositivos, pois, apesar de geralmente seguro, o uso de LEDs não é indicado para qualquer pessoa. “Gestantes, pessoas com doenças autoimunes, com alguma irritação ou lesão ativa no local ou que utilizam produtos ou medicamentos que sensibilizam a pele, como a isotretinoína, não devem utilizar essas máscaras. Por isso, a consulta médica é fundamental”, finaliza a Dra. Marina.


FONTE:


SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA – REGIONAL SÃO PAULO (SBD-RESP) - Fundada em 1970, a SBD-RESP é uma entidade médica criada para fomentar a pesquisa, o ensino e o aprimoramento científico da Dermatologia como especialidade médica. A SBD-RESP reúne todos os dermatologistas filiados e os serviços credenciados do Estado de São Paulo, que são constituídos por hospitais com cursos de especialização em Dermatologia (residência médica e/ou estágio) certificados pela SBD Nacional. Atualmente, a SBD-RESP reúne cerca de 4.000 associados e organiza uma série de eventos de ensino e de reciclagem. Entre eles: RESP em foco, Jornadas, COPID (Congresso Paulista de Interligas de Dermatologia), e a RADESP (Reunião Anual dos Dermatologistas do Estado de São Paulo). Instagram: @sbd_resp




Por,

Gisele Barros

Editora Chefe do Portal ALL SENSEZ

Especialista no Mercado de Fragrâncias

Consultora de Comunicação Especializada em Perfumaria


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