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RISCO DE QUEDA CAPILAR AUMENTA COM USO DE CANETAS EMAGRECEDORAS, ALERTA SBD-RESP

Problema é conhecido como eflúvio telógeno e acontece em virtude da perda acelerada de peso e deficiências nutricionais. Em pacientes com predisposição genética para alopecia androgenética (calvície masculina ou feminina), o eflúvio telógeno pode acelerar a progressão da doença.


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Após o boom no uso de medicamentos para obesidade com análogos de GLP-1, como Ozempic e Wegovy, muitos pacientes começam a relatar problemas de queda capilar. Por esse motivo, a Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional São Paulo (SBD-RESP) esclarece que atualmente a principal evidência na literatura médica é de que semaglutida, uma das substâncias utilizadas nas canetas emagrecedoras, podem influenciar indiretamente a queda de cabelo. “Embora a queda de cabelo não seja um efeito colateral direto do medicamento, o uso da semaglutida e de outras substâncias presentes nas canetas emagrecedoras pode levar à perda de peso rápida e causar deficiências nutricionais (como falta de proteínas, vitaminas e minerais). Essas deficiências e a perda de peso rápida podem desencadear condições como eflúvio telógeno (queda temporária de cabelo). Geralmente essa queda acontece entre dois e quatro meses do início da medicação”, explica o dermatologista Dr. Gabriel Lazzeri Cortez, membro da SBD-RESP.“Esses relatos estão mais associados à perda de peso rápida e a possíveis deficiências nutricionais do que ao medicamento em si. Quem usa doses mais altas desses medicamentos sem a devida supervisão médica e acompanhamento nutricional tem maior risco de queda de cabelo. As principais deficiências nutricionais que levam ao eflúvio telógeno são de proteínas, ferro, zinco e vitaminas, pois esses são nutrientes essenciais para a saúde e formação do fio de cabelo”, completa a dermatologista Dra. Jade Cury, presidente da SBD-RESP.


Na maioria dos casos, a queda de cabelo associada ao uso de medicamentos emagrecedores como o Ozempic, Wegovy e Mounjaro é temporária e está relacionada ao eflúvio telógeno, uma condição em que o cabelo entra precocemente na fase de repouso e queda. “Geralmente, o cabelo volta a crescer após o corpo se ajustar e os níveis nutricionais serem restabelecidos”, diz a Dra. Jade Cury. Mas, em pacientes com predisposição genética para alopecia androgenética (calvície masculina ou feminina), o eflúvio telógeno pode acelerar a progressão da doença. “Isso ocorre porque, após a queda, o cabelo que volta a crescer pode ser mais fino e fraco do que o anterior, levando a um afinamento progressivo do cabelo. Nesses casos, o uso das canetas emagrecedoras pode potencializar o processo de miniaturização dos folículos capilares, agravando a condição. Portanto, embora a queda seja temporária para a maioria, em indivíduos com alopecia androgenética, o efeito pode ser mais significativo e contribuir para uma potencial progressão da calvície”, destaca o Dr. Gabriel.


Além dos medicamentos, a SBD-RESP destaca que dietas radicais ou muito restritivas também podem levar à queda de cabelo devido à falta de nutrientes essenciais. “O corpo prioriza funções vitais em detrimento do crescimento do cabelo quando há carências nutricionais, o que pode resultar em eflúvio telógeno”, completa o médico. O tratamento requer ajuste nutricional, uso de suplementos e acompanhamento médico. “Suplementos podem ser úteis se houver deficiências comprovadas por exames laboratoriais. Biotina, vitaminas do complexo B, vitamina D, zinco, ferro e magnésio são nutrientes essenciais para a saúde capilar. No entanto, é fundamental que um médico avalie e prescreva os suplementos adequados, pois o excesso de alguns nutrientes pode ser prejudicial. Uma dieta equilibrada, rica em proteínas, vitaminas e minerais, também é fundamental para prevenir e tratar a queda de cabelo associada a deficiências nutricionais”, diz o Dr. Gabriel Lazzeri. “É essencial consultar um dermatologista para avaliar a causa da queda de cabelo e indicar o tratamento mais adequado. O profissional pode diagnosticar se a queda está relacionada ao uso do medicamento, a deficiências nutricionais, a condições como eflúvio telógeno ou alopecia androgenética, ou a outros fatores. Em casos específicos, o dermatologista pode recomendar medicamentos tópicos ou orais, como minoxidil ou finasterida, que são eficazes no tratamento de certos tipos de queda de cabelo”, diz o médico. “Mas é fundamental que nunca se inicie o uso de suplementos ou tratamentos sem orientação médica. O excesso de certos nutrientes, como zinco ou vitamina A, pode piorar a queda de cabelo. O dermatologista é o profissional mais indicado para avaliar a saúde capilar, identificar a causa da queda e prescrever o tratamento adequado, evitando procedimentos desnecessários ou potencialmente prejudiciais”, finaliza a presidente da SBD-RESP.


FONTE:


*SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA – REGIONAL SÃO PAULO (SBD-RESP): Fundada em 1970, a SBD-RESP é uma entidade médica criada para fomentar a pesquisa, o ensino e o aprimoramento científico da Dermatologia como especialidade médica. A SBD-RESP reúne todos os dermatologistas filiados e os serviços credenciados do Estado de São Paulo, que são constituídos por hospitais com cursos de especialização em Dermatologia (residência médica e/ou estágio) certificados pela SBD Nacional. Atualmente, a SBD-RESP reúne cerca de 4.000 associados e organiza uma série de eventos de ensino e de reciclagem. Entre eles: RESP em foco, Jornadas, COPID (Congresso Paulista de Interligas de Dermatologia), e a RADESP (Reunião Anual dos Dermatologistas do Estado de São Paulo). Instagram: @sbd_resp




Por,

Gisele Barros

Editora Chefe do Portal ALL SENSEZ

Especialista no Mercado de Fragrâncias

Consultora de Comunicação Especializada em Perfumaria


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