FPS, PPD, UVA, UVB e uma série de outros termos estão presentes na maioria dos produtos de proteção solar; para fazer a escolha certa e utilizá-los corretamente, é necessário entender exatamente o que são.

Quando se fala em proteger a pele do sol, logo pensamos no uso de protetores solares. Mas, antes de sair usando, é necessário conhecer cada sigla presente nos rótulos, como FPS, PPD, UVA, IR, o que vai ajudar a entender qual é o mais adequado cada demanda pessoal. “A falta de entendimento sobre o rótulo do protetor solar pode demonstrar que a pele não está recebendo a proteção que precisa”, afirma a dermatologista Dra. Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia. “Muitas pessoas desconhecem a importância de várias dessas siglas. E, além delas, já temos como diretrizes internacionais a indicação de antioxidantes como a Vitamina C e E, que potencializam a proteção solar”, acrescenta a médica, que explicou abaixo o significado de cada uma dessas siglas:
UVA — A radiação ultravioleta é a principal responsável pelo envelhecimento precoce da pele, causando manchas e rugas. Esse tipo de radiação atravessa nuvens, vidro e epiderme, é indolor e penetra na pele em grande profundidade, alcançando até às células da derme, sendo a principal produtora de radicais livres. “Os raios UVA afetam a pele o ano todo, independente da estação. Esse tipo de radiação não é bloqueado totalmente com protetor solar e traz prejuízos, desde lesões mais simples até, em casos mais graves, câncer de pele”, explica a dermatologista.
UVB — Já a ultravioleta B deixa a pele vermelha e queimada, danificando a epiderme e é mais abundante entre às 10 da manhã e às 4 da tarde. “Seu grau de proteção é medido pelo FPS e é uma radiação que pode furar o bloqueio dos filtros químicos e aumentar o risco de cancerização”, comenta.
FPS — O FPS, sigla de Fator de Proteção Solar, refere-se apenas aos raios UVB. “É o valor obtido pela razão entre a dose mínima eritematosa na pele protegida por um protetor solar e a dose mínima eritematosa na mesma pele quando desprotegida”, explica a especialista. “Um FPS alto, de forma isolada, não vai necessariamente promover a proteção necessária. A proteção solar que leva em consideração apenas a questão do eritema (vermelhidão) desconsidera a dose suberitematosa, que é um dano criado antes mesmo da pele ficar vermelha, dando origem as chamadas “sunburn cells” (ou células que sofreram alterações importantes pela radiação ultravioleta, apresentando degeneração no seu DNA, e são promotoras, mais tarde, da possibilidade de cancerização)”, destaca a médica, que recomenda FPS de no mínimo 30.
PPD — O PPD, ou Persistant Pigment Darkening indica o grau de proteção contra os raios UVA. Nos rótulos, o PPD pode aparecer como FPUVA (Fator de Proteção UVA). “O PPD ideal é a partir de 10 e deve representar, no mínimo, um terço do FPS”, complementa.
Luz visível — Mesmo não sendo uma novidade, a luz visível também é muito perigosa para a pele. “Presente na nossa rotina diária, ela é capaz de promover a médio e longo prazos um quadro de eritema mesmo que subcutâneo, mas já suficiente para gerar a presença das sunburn cells”, aponta a médica. “As pessoas que têm tendência ao melasma não podem só pensar em ter um fotoprotetor com UVA e UVB. Tem que ter algum tipo de ativo que combata a ação danosa do Infrared e luz visível. São ativos tirados de extratos vegetais que têm ação anti-inflamatória e bloqueadores como dióxido de titânio”.
IR — IR, Infrared, infravermelho ou IV se refere à radiação infravermelha, que é sentida através do calor ou mormaço. “É uma radiação que acomete num comprimento de onda suficiente para atingir a derme mais profunda, que é a derme reticular, onde estão as fibras de ancoragem e sustentação da pele. E isso provoca um dano muito importante, com menor elasticidade e uma piora no aspecto geral com a destruição do arquétipo da pele, além de um maior potencial de cancerização” afirma. Segundo a dermatologista, o uso do bloqueio físico solar e antioxidantes ajuda a diminuir o processo inflamatório causado pelo Infrared.
Antioxidantes — Os antioxidantes são formados por moléculas que impedem a formação de radicais livres e podem até reverter danos causados por eles. “Esses radicais livres são átomos ou moléculas instáveis e altamente reativas, que, quando em excesso, passam a atacar células sadias. Eles danificam a membrana e a estrutura da célula, podendo, em casos extremos, levar à morte celular”, diz a dermatologista. “O protetor solar deve ir além dos ativos de proteção: ele deve ser um multibenefícios com elementos de ação antioxidante para imediatamente reparar o processo inflamatório formado em função da radiação”, destaca. “Principalmente quando falamos de ambientes onde há muita poluição ambiental, há a necessidade de complementar a fotoproteção com alguns antioxidantes importantes como as Vitaminas E, C, A, B3, o Resveratrol, o ácido elágico da Romã, extrato de Blueberry, da Folha de Oliveira e de Edelweiss”, recomenda a médica, que acrescenta mais algumas moléculas nessa lista: OTZ 10 (que minimiza os danos do calor), Alistin (considerado um antioxidante universal – que age nas camadas de água e gordura da pele) e Exo-P (um antioxidante que impede os danos dos poluentes). Entre os antioxidantes, outro destaque é o Difendiox. “Esse é ingrediente exclusivo que combina 14 antioxidantes naturais e é rico em polifenóis, assim potencializando a proteção biológica contra a radiação UVA e UVB, luz azul e luz visível e reduzindo os danos causados pelos radicais livres, o que contribui para a prevenção e tratamento de manchas, rugas e flacidez”, explica o farmacêutico Dr. Maurizio Pupo, especialista em cosmetologia e CEO da Ada Tina, que acrescenta que o Difendiox pode ser encontrados nos fotoprotetores da linha Biosole da Ada Tina.
Imunoproteção oral — Segundo a Dra. Claudia Marçal, os pré e probióticos associados à formulação local e via oral podem promover bons resultados na defesa e imunologia da pele. “Os filtros imunoprotetores via oral vieram para ficar com propriedades de melhora da resistência cutânea e imunológica. Eles funcionam como verdadeiros guardiões quando associados aos protetores locais, para preservar a estrutura e evitar a desnaturação do DNA celular por proteger as células imunológicas da pele e reverter em parte os danos biológicos e inflamatórios causados pela exposição exagerada ao sol”, enfatiza. Quer saber o que usar? “Os mais importantes são o Polipodium Leucotomus, Picnogenol, Astaxantina, Luteina, Extrato de White e Green Tea, Resveratrol e ácido elágico da Romã, sempre associando ao uso de silício orgânico Exsynutriment para melhora do aspecto da flacidez” pontua.
Filtro — Os filtros de fotoproteção são divididos entre químicos e físicos, e apresentam propostas diferentes. “Os filtros físicos são partículas inorgânicas que refletem ou dispersam a radiação, já os químicos são partículas orgânicas que absorvem o fóton de energia”, explica a Dra. Claudia Marçal. No protetor, é importante associar o uso dos dois. “Mas os filtros físicos bloqueadores à base de dióxido de titânio, óxido de ferro e zinco são fundamentais. Eles agem como uma parede de tijolos, onde a luz bate e volta sem absorvência. Os filtros químicos são importantes, mas altamente instáveis; então na sudorese, na água do mar, a molécula fica quimicamente instável e deixa de proteger. E muitas vezes, os raios UVB e Infrared furam o bloqueio dos filtros químicos de alguns produtos de fotoproteção e causam danos celular que, em consequência, provoca flacidez”, acrescenta.
Solent – Solent é uma tecnologia que garante 12 horas de proteção solar de amplo espectro. “Através do uso de ativos fotoestáveis, isto é, que absorvem a radiação solar por muito mais tempo sem sofrerem degradação, a tecnologia Solent é capaz de proteger a pele por até 12 horas sem a necessidade de reaplicação, salvo em casos de sudorese intensa, mergulho, lavagem ou atrito com a pele que retirou o produto, momentos em que a reaplicação é necessária. Assim, o produto oferece uma proteção muito mais eficaz contra as radiações UVA e UVB, luz azul e luz visível para reduzir o risco de câncer de pele, inibir a formação de radicais livres e prevenir o fotoenvelhecimento precoce, incluindo o surgimento de rugas, manchas e flacidez”, destaca o Dr. Maurizio Pupo. A tecnologia é uma exclusividade dos fotoprotetores Ada Tina, como o Biosole Oxy FPS 50, um protetor solar com poderosa ação antioxidante e clareadora que, além de oferecer proteção solar de amplo espectro por 12 horas, ainda combate 15 tipos de manchas diferentes e tem eficácia rejuvenescedora contra rugas e flacidez.
Cor — “Os filtros de alta cobertura, com base e cor fazem parte dos últimos lançamentos em fotoproteção. A cor serve como uma barreira física à luz visível”, diz a Dra. Claudia Marçal.
Veículos — Podemos considerar veículos de fotoproteção formatos como: gel, creme, loção, spray, bastão. Todos esses são dermocosméticos que devem ser considerados na hora da escolha de um fotoprotetor, pois isso ajuda na prevenção de acne e oleosidade. “Pacientes com pele com tendência à acne devem optar por veículos livres de óleo ou gel creme. Pacientes que praticam muita atividade física devem evitar géis, pois eles se diluem facilmente”, afirma a médica.
Fotoenvelhecimento — Quanto ao fotoenvelhecimento, é necessário considerar diversos fatores individuais. “Quando falamos em envelhecimento fotoadquirido, estamos falando da formação precoce de rugas, manchas, mudança na textura da pele, angiogênese (formação de novos vasos), epiderme pergaminácea e flacidez. Com a radiação, as manchas do melasma também podem piorar. Além disso, a radiação ainda aumenta o risco de lesões cancerígenas na pele”, alerta a médica. Para evitar danos, anote: é necessário aplicar duas colheres de chá de protetor solar no rosto 30 minutos antes de sair para o sol, e evitar a fotoexposição das 10h às 16h da tarde (nesse horário, prefira a sombra). “O protetor solar deve ser reaplicado de duas em duas horas em ambientes abertos e de quatro em quatro horas em ambientes fechados”, orienta.
Células de Langerhans — É importante destacar também a importância das células de Langerhans, que são responsáveis pela defesa imunológica da pele, e estão na epiderme e têm forma de estrela. “Elas se locomovem pelo tecido e alertam outras células do sistema imunológico quanto à presença de um organismo invasor”, explica a dermatologista. “O problema é que a exposição à radiação UV pode induzir a uma queda em sua função, diminuindo a atividade imunológica da pele, e isso aumenta a possibilidade de cancerização”, finaliza a Dra. Cláudia Marçal.
FONTES:
*DRA. CLAUDIA MARÇAL: Médica dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), da American Academy Of Dermatology (AAD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD). Possui especialização pela AMB e Continuing Medical Education na Harvard Medical School. É proprietária do Espaço Cariz, em Campinas - SP, speaker de laboratórios globais de dermocosméticos e de fabricantes de equipamentos. CRM: 78980 / RQE: 31829. Instagram: @draclaudiamarcal
Por,
Gisele Barros
Editora Chefe do Portal ALL SENSEZ
Especialista no Mercado de Fragrâncias
Consultora de Comunicação Especializada em Perfumaria

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