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OUTONO COM TEMPERATURA ACIMA DA MÉDIA: SAIBA COMO LIDAR COM O SUOR NA ESTAÇÃO PARA NÃO PREJUDICAR A PELE

Altas temperaturas atípicas do outono podem favorecer produção aumentada de suor, causando desconforto e predispondo ao surgimento de infecções bacterianas e fúngicas. Mas estratégias podem ser adotadas para ajudar a lidar com a transpiração e tornar a passagem pela estação mais confortável.



Estação de transição entre o verão e o inverno, o outono, que começou no dia 20 de março, é marcado por temperaturas mais amenas. Mas esse ano promete ser diferente, pois, segundo o Climatempo, a expectativa é que as temperaturas fiquem acima do esperado para esse período do ano. As entradas de ar frio só devem se tornar mais frequentes em junho, último mês da estação. Nesse cenário, o suor em excesso, um problema típico do verão, se estende para o outono, o que pode ter impacto na pele. “Além de causar desconforto, constrangimento e dificuldades nas relações interpessoais e profissionais, a sudorese excessiva pode facilitar o surgimento de infecções fúngicas, como micose e candidíase, e bacterianas, além de agravar quadros de dermatite de contato e atópica”, explica a dermatologista Dra. Fabíola Rosa Picosse, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional São Paulo (SBD-RESP). “A disidrose, uma afecção cutânea comum nas palmas das mãos e plantas dos pés, também pode estar associada ao suor, assim como a miliária, ou brotoeja, que ocorre devido a uma obstrução mecânica dos ductos sudoríparos, impedindo a eliminação do suor”, afirma.


É importante ressaltar que é perfeitamente normal suar. “A transpiração é um mecanismo fisiológico e necessário para que nosso organismo regule a temperatura corporal, ou seja, é normal e saudável”, diz o dermatologista Dr. Daniel Cassiano, diretor de Comunicação da SBD-RESP. A produção normal de suor pode variar bastante de indivíduo para indivíduo e ser influenciada por diversos fatores internos e externos, como genética, clima, alimentação, prática de atividades físicas, alterações hormonais e questões como menopausa e hipertireoidismo. “O problema está em situações em que o indivíduo produz uma quantidade de suor elevada, o que é chamado de hiperidrose e pode levar a constrangimento psicossocial e facilitar infecções e dermatites”, afirma a médico.


Felizmente, existem cuidados que podem ser adotados por qualquer pessoa para reduzir a transpiração e tornar a passagem por esse outono de altas temperaturas mais confortável. “Prefira utilizar roupas leves fabricadas com tecidos respiráveis que permitam a transpiração, como o algodão e o dryfit, e evite aquelas muitos justas e apertadas ou feitas de tecidos sintéticos. Procure também frequentar locais mais arejados, evitando aglomerações e locais de calor extremo. Já após a prática de exercícios, lave rosto e corpo com água fria ou morna e, em seguida, seque-se bem, principalmente nas áreas de dobra. E não se esqueça de beber bastante líquido”, aconselha a Dra. Fabíola Rosa Picosse, que ressalta que peles sensíveis ou propensas a alergias devem ter um cuidado especial com o suor. “A limpeza deve ser suave, com sabonetes específicos para este tipo de pele, assim como a hidratação. O uso de talco líquido ou em pó também é interessante em áreas de atrito para ajudar a reduzir o impacto do suor”, detalha.


Vale reforçar ainda que a sudorese normal não deve ser acompanhada de odor forte. “O odor desagradável é chamado de bromidrose e ocorre, por exemplo, devido à  degradação bacteriana ou fúngica do suor”, explica a dermatologista Dra. Elisangela Pegas, membro da SBD-RESP, que aconselha que, caso haja mau cheiro, o paciente deve procurar o médico dermatologista para identificar a causa. “Além da presença bacteriana ou fúngica, o odor deságradavel também pode aparecer em consequência de alcoolismo, diabetes, hiperiodrose, falta de higiene, uso de certos medicamentos e ingestão de alimentos como cebola e alho. Em casos mais raros, esse mau cheiro pode ser devido a doenças metabólicas genéticas, como a fenilcetonúria, condição rara que afeta o metabolismo dos aminoácidos”, acrescenta.


A médica explica que cada caso deve ser avaliado individualmente para detectar a causa do mau odor e, frequentemente, da produção excessiva de suor, com indicação do tratamento mais adequado. “Para controlar a produção de suor, podemos usar produtos tópicos, como antitranspirantes, e realizar aplicações de toxina botulínica em áreas de sudorese mais intensa. Medicamentos sistêmicos também podem ser usados para esse controle. E pelo fato da hiperidrose aumentar as chances de bromidrose, ao atuarmos na diminuição da quantidade de suor, diminuimos as chances de proliferação bacteriana e, consequentemente, o mau odor. Mas, dependendo da causa, podem ser indicados tratamentos específicos para o mau odor, como o uso de produtos com antibióticos”, diz a Dra. Elisangela, que, para lidar com o mau odor, também recomenda medidas como tomar banho diariamente, utilizando sabonete nas áreas de maior sudorese e secando bem. “Atente-se também às roupas. Troque todos os dias e lave e seque adequadamente. Com relação aos sapatos, o ideal é não utilizar o mesmo par em dias consecutivos”, pontua a médica.


Por fim, é importante lembrar que, especialmente nas altas temperaturas, tão importante quanto o cuidado com o suor são as medidas de proteção da pele contra a radiação ultravioleta do sol, que causa danos diretos ao DNA, resultando em inflamação e morte de células da pele. “A exposição crônica ao sol acelera o envelhecimento cutâneo, com perda de viço da pele e surgimento de flacidez e manchas brancas e marrons nas áreas expostas. Além disso, é o principal fator de risco para o câncer de pele”, alerta o Dr. Daniel Cassiano. “A principal dica para evitar esses danos é aplicar, meia hora antes da exposição solar, um fotoprotetor com FPS de, no mínimo, 30 e reaplicar a cada duas horas. Além disso, recomenda-se evitar exposição solar entre 10h e 16h e utilizar chapéus, bonés e roupas com FPS em combinação ao filtro solar”, finaliza o médico.


FONTE:


SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA – REGIONAL SÃO PAULO (SBD-RESP) - Fundada em 1970, a SBD-RESP é uma entidade médica criada para fomentar a pesquisa, o ensino e o aprimoramento científico da Dermatologia como especialidade médica. A SBD-RESP reúne todos os dermatologistas filiados e os serviços credenciados do Estado de São Paulo, que são constituídos por hospitais com cursos de especialização em Dermatologia (residência médica e/ou estágio) certificados pela SBD Nacional. Atualmente, a SBD-RESP reúne cerca de 4.000 associados e organiza uma série de eventos de ensino e de reciclagem. Entre eles: RESP em foco, Jornadas, COPID (Congresso Paulista de Interligas de Dermatologia), e a RADESP (Reunião Anual dos Dermatologistas do Estado de São Paulo). Instagram: @sbd_resp




Por,

Gisele Barros

Editora Chefe do Portal ALL SENSEZ

Especialista no Mercado de Fragrâncias

Consultora de Comunicação Especializada em Perfumaria




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