DEZEMBRO LARANJA: FOTOPROTEÇÃO É PRINCIPAL ESTRATÉGIA PARA EVITAR CÂNCER DE PELE DE MAIOR INCIDÊNCIA NO BRASIL
- Gisele Barros
- há 27 minutos
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Representando 80% dos casos da doença, carcinoma basocelular ocorre principalmente em áreas cronicamente expostas ao sol, como o rosto.

As altas temperaturas das estações mais quentes reforçam a necessidade de cuidados com a fotoproteção da pele, especialmente para prevenir o desenvolvimento de problemas como o carcinoma basocelular, um tipo de câncer de pele. “Os carcinomas basocelulares são a forma mais comum de câncer de pele. Eles representam cerca de 80% dos cânceres de pele e ocorrem em áreas cronicamente expostas ao sol, como o rosto”, explica a dermatologista Dra. Jade Cury, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional São Paulo (SBD-RESP) e Doutora pela UNIFESP. E como o fator principal ligado ao desenvolvimento do carcinoma basocelular é ambiental e não genético, a fotoproteção é indispensável para prevenir a doença.
O carcinoma basocelular faz parte dos tumores de pele não melanoma junto com o carcinoma epidermoide. Enquanto os tumores de pele não melanoma são os mais comuns, o melanoma é menos frequente, porém, tem o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade. Felizmente, o carcinoma basocelular é altamente curável. “Em raras circunstâncias torna-se inoperável ou causa metástase”, explica a dermatologista Dra. Jade Cury.
Além da fotoproteção, outro cuidado fundamental é a realização do autoexame de pele, que auxilia na detecção precoce da doença, elevando as chances de cura para mais de 90%. Isso porque, de acordo com o Dr. Ramon Andrade de Mello, médico oncologista do Centro Médico Paulista High Clinic Brazil (São Paulo) e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia, o câncer de pele, como a maioria das neoplasias, é uma doença silenciosa. “Porém, pode se manifestar através do desenvolvimento de alterações da pele, como sinais e pintas desproporcionais”, explica o médico. A Sociedade Brasileira de Dermatologia - Regional São Paulo (SBD-RESP) esclarece que o autoexame da pele ajuda a identificar o câncer mesmo em estágios iniciais. “Para o câncer de pele não melanoma, incluindo o carcinoma basocelular, orientamos ao paciente que se atente a lesões avermelhadas, róseas, que estejam crescendo, feridas que não cicatrizam, casquinhas que ficam persistentemente no mesmo lugar, lesões que sangram fácil”, reforça a dermatologista Dra. Jade Cury.
Ao notar qualquer sinal suspeito, é importante buscar um médico. “A dermatoscopia é um dos principais exames utilizados para identificar lesões suspeitas na pele. Porém, somente a biópsia dessa lesão é que vai definir o diagnóstico”, destaca o Dr. Ramon Andrade de Mello. “Além disso, é fundamental todo ano não esquecer de procurar o médico dermatologista para fazer um check-up da pele toda”, acrescenta a presidente da SBD-RESP. O oncologista explica que, uma vez confirmado o diagnóstico de câncer, o tratamento será definido caso a caso. “Via de regra, o tratamento padrão é a cirurgia, mas a quimio e a imunoterapia também podem ser indicadas, além das terapias-alvo, uma abordagem inovadora que representa um grande avanço tecnológico para a oncologia. Com elas, é possível localizar os alvos celulares e manipulá-los para impedir o desenvolvimento dos tumores”, detalha o Dr. Ramon Andrade de Mello, que reforça que cada caso é um caso e é sempre importante discutir as possibilidades com o médico oncologista.
FONTES:
*DR. RAMON ANDRADE DE MELLO: Médico oncologista em São Paulo, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia, Pós-Doutor clínico no Royal Marsden NHS Foundation Trust (Inglaterra), pesquisador honorário da Universidade de Oxford (Inglaterra), pesquisador sênior do CNPQ (Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico), Brasil, vice-líder do programa de Mestrado em Oncologia da Universidade de Buckingham (Inglaterra), Doutor (PhD) em Oncologia Molecular pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal). Tem MBA em gestão de clínicas, hospitais e indústrias da saúde pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), São Paulo. É pesquisador e professor do Doutorado da Universidade Nove de Julho (UNINOVE), de São Paulo. Membro do Conselho Consultivo da European School of Oncology (ESO). O oncologista tem mais de 122 artigos científicos publicados, é editor de 4 livros de Oncologia, entre eles o Medical Oncology Compendium, Elsevier, de 2024. É membro do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, e do Centro de Diagnóstico da Unimed, em Bauru, SP. Instagram: @dr.ramondemello
*SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA – REGIONAL SÃO PAULO (SBD-RESP): Fundada em 1970, a SBD-RESP é uma entidade médica criada para fomentar a pesquisa, o ensino e o aprimoramento científico da Dermatologia como especialidade médica. A SBD-RESP reúne todos os dermatologistas filiados e os serviços credenciados do Estado de São Paulo, que são constituídos por hospitais com cursos de especialização em Dermatologia (residência médica e/ou estágio) certificados pela SBD Nacional. Atualmente, a SBD-RESP reúne cerca de 4.000 associados e organiza uma série de eventos de ensino e de reciclagem. Entre eles: RESP em foco, Jornadas, COPID (Congresso Paulista de Interligas de Dermatologia), e a RADESP (Reunião Anual dos Dermatologistas do Estado de São Paulo). Instagram: @sbd_resp
Por,
Gisele Barros
Editora Chefe do Portal ALL SENSEZ
Especialista no Mercado de Fragrâncias
Consultora de Comunicação Especializada em Perfumaria








