CUIDADOS COM OS OLHOS NO VERÃO: SAIBA COMO PROTEGER A VISÃO DO SOL, PISCINA E MAR
- Gisele Barros
- há 14 minutos
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Assim com as pessoas já possuem a consciência de cuidar bem da pele, precisam também ter atenção com os olhos, pois o sol, mar, piscina e vento podem prejudicar a saúde ocular.

Durante o verão, os olhos ficam especialmente vulneráveis à ação do sol, do calor, do cloro e da água do mar. A combinação de radiação ultravioleta (UV), vento e poluição aumenta o risco de irritações, alergias, conjuntivites e até lesões oculares mais graves. Assim como há uma preocupação maior com a proteção da pele nessa época do ano, os olhos também precisam de cuidados específicos ao frequentar praia, piscina ou parques ao ar livre.
Segundo o oftalmologista Dr. Leon Grupenmacher, diretor técnico da Eco Oftalmologia, no Eco Medical Center, o verão é o período em que mais surgem queixas relacionadas à saúde ocular. Ele explica que olhos vermelhos, coceira e ardência são sintomas frequentes e, na maioria das vezes, estão associados à exposição solar sem proteção, ao contato com água contaminada ou ao uso inadequado de lentes de contato.
A exposição prolongada aos raios UV pode causar desde inflamações superficiais até doenças oculares mais sérias, como pterígio, catarata e degeneração macular. A superfície dos olhos, assim como a pele, também pode sofrer queimaduras solares, uma condição conhecida como fotoceratite, que provoca dor, lacrimejamento intenso e sensibilidade à luz.
Para evitar esses problemas, o médico reforça a importância da proteção adequada. O uso de óculos de sol com proteção UV400, capazes de bloquear 100% dos raios UVA e UVB, é essencial. Modelos com armações maiores ou que envolvam melhor o rosto ajudam a impedir a entrada da radiação pelas laterais. Além disso, chapéus ou bonés funcionam como um complemento importante, já que os óculos sozinhos não garantem proteção total.
Mesmo em dias nublados, o cuidado deve ser mantido. Até 90% da radiação ultravioleta atravessa as nuvens, o que torna indispensável o uso diário de proteção ocular.
Água do mar e piscina
Além do sol, a água salgada e o cloro também merecem atenção. Essas substâncias removem a camada natural de lubrificação dos olhos, causando ressecamento, ardência e vermelhidão. Em alguns casos, o excesso de cloro pode provocar conjuntivite química, enquanto a água contaminada pode favorecer infecções bacterianas ou fúngicas.
O ideal é evitar abrir os olhos debaixo d’água, tanto no mar quanto na piscina, e utilizar óculos de natação bem ajustados. Quem usa lentes de contato deve redobrar os cuidados e, sempre que possível, evitá-las nesses ambientes, já que elas podem reter micro-organismos e aumentar o risco de infecções na córnea. O oftalmologista alerta que algumas bactérias podem se alojar sob a lente de contato e causar danos graves, inclusive perda permanente da visão.
Após sair da água, a orientação é lavar o rosto com água limpa e, em caso de desconforto, utilizar colírios lubrificantes prescritos por um médico. A automedicação deve ser evitada, pois cada colírio tem uma indicação específica, e somente o oftalmologista pode orientar o produto mais adequado.
Óculos de sol falsificados
Nem todo óculos escuro oferece proteção real. Produtos falsificados ou sem certificação podem ser ainda mais prejudiciais, já que as lentes escuras provocam a dilatação da pupila, permitindo a entrada de uma quantidade maior de radiação ultravioleta.
Por isso, é fundamental optar por óculos com selo de proteção UV400 e procedência confiável. O uso de lentes inadequadas equivale a expor os olhos ao sol sem perceber, o que aumenta o risco de lesões oculares ao longo do tempo.
Outras medidas importantes para a proteção dos olhos no verão incluem evitar a exposição solar entre 10h e 16h, usar chapéus, viseiras e óculos de sol sempre que estiver ao ar livre, e não apenas na praia ou piscina. Também é recomendado lubrificar os olhos com colírios específicos ao sentir secura ou ardência, nunca coçar os olhos, especialmente após sair do mar ou da piscina, e evitar o contato de protetores solares, cremes e sprays com a região ocular.
Além disso, manter consultas regulares com o oftalmologista é fundamental. A checagem anual ajuda a identificar alterações precocemente, sobretudo em casos de irritações frequentes. Mesmo durante as férias, longe das telas que contribuem para o ressecamento ocular, é preciso atenção ao vento e ao ar-condicionado, que também afetam a saúde dos olhos. Evitar a exposição excessiva a esses fatores e manter uma boa hidratação fazem diferença no cuidado diário.
Por,
Gisele Barros
Editora Chefe do Portal ALL SENSEZ
Especialista no Mercado de Fragrâncias
Consultora de Comunicação Especializada em Perfumaria








